sábado, 9 de fevereiro de 2008

Esperança

Acordei…
Já largamente corria a madrugada,
Com o meu braço percorro os lençóis,
Encontrando no teu lugar, um frio de nada
E na almofada um fragmento de teus caracóis.
Abri os olhos e olhei…
A luz branca e pura da lua,
Entrava por entre as cortinas da janela,
Iluminando a tua silhueta nua,
Revelando a tua forma e mostrando como és bela.
Contemplando e admirando o teu porte,
De deusa do amor, como Afrodite,
O meu coração bateu mais forte,
Talvez, porque agora ele acredite,
Que afinal e realmente, existe o Norte!
Apesar de respirar o teu perfume,
E de tua presença eu notar,
Mais uma vez, como de costume,
Sonhei que estava a sonhar!
Sem ti, a cama está vazia,
No quarto não há luar,
Vem aí um novo dia,
É hora de despertar.
Mais um sonho desfeito,
Outra noite mal dormida,
Mas a esperança no meu peito,
Com a solidão como irmã,
Enquanto a razão lhe foge,
Diz-me com a sua voz sentida:
Se não a encontraste hoje,
Quiçá talvez amanhã...

2 comentários:

Anónimo disse...

Que bonita esperança...Adoro!

Anónimo disse...

Decididamente os meus favoritos... "Tempestade" e "Esperança"!

São Liiiiindos!

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