domingo, 24 de fevereiro de 2008

Então e o amor?

Quando o Grande Arquitecto,
Ao canto de um rouxinol,
Construiu o universo,
Deu-lhe o céu como tecto,
E colocou lá o Sol.
Pintou com as sete cores
O arco da aliança,
Para que a chuva ao cair
Pudesse pintar as flores,
Enquanto o vento as balança.
Sendo a Terra tão plana,
Com monótonos horizontes,
Em menos de uma semana,
Criou os vales e os montes.
Como a terra refrescar,
Também estava nos seus planos
Não foi fácil começar,
Mas lá fez os oceanos.
Já que a vida é uma viagem
Que não tem caminhos certos,
Para que existisse a miragem,
Também criou os desertos.
Terminando em perfeição,
Esta obra de valor,
Deu ao homem um coração,
Preencheu-o com amor!
E se tiver sido assim,
Que se construiu a Terra,
Eu tenho dúvidas em mim…
Porque existe tanta guerra?
Se a esperança é uma flor,
Que renasce em cada dia,
Porque existe tanta dor?
Onde está a harmonia?
Em todas estas questões,
Com o seu dito valor,
Há uma que é bem triste.
Todos temos corações,
Mas…
Então e o amor…
Será mesmo que existe?

3 comentários:

Anónimo disse...

O Fernando Pessoa, o Cesário Verde, o Camões, etc... não te chegam aos calcanhares!
E estou a falar a sério! Antes ler um verso dos teus poemas do que um poema inteiro de qualquer um deles.
Só me ocorre uma palavra para adjectivar "Então e o amor?"... EXCELENTE

Anónimo disse...

Bem... é lindo poder vir aqui ler tao bela poesia!
Amei!!!

Anónimo disse...

Sem dúvida um grande poema. Mts Parabéns por tão bela imaginação. Está espetacular.

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