sábado, 1 de novembro de 2008

Beijos de Judas

Beijos dados no escuro
Da noite que abrigava
O negrume de um futuro
Onde uma lágrima morava.
Foram beijos simulados
Com sabor de amargo ardil.
Foram carinhos trocados
Na forma mais pueril.
Beijos dados com amor,
Com primor ou amizade
Não são sinónimos de dor
São os beijos de verdade.
Beijos assim não se dão!
São roubados, tão-somente!
Vão quebrando o coração,
Furtando a alma da gente.
Foram beijos de amor
Nessa história mal contada?
...
Agora, sem terem cor
São beijos da cor do nada.
Se alguém assim te beijar,
Tem cuidado, não te iludas.
Não te estão a oscular!
São puros beijos de Judas.

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